quinta-feira, 21 de novembro de 2013

Origem dos solos



Os solos tem sua origem na decomposição das rochas que formavam inicialmente a crosta terrestre. Esta decomposição ocorre devido a agentes físicos e químicos chamados de agentes de intemperismo. Os principais agentes que promovem a transformação da rocha matriz em solo são: as variações de temperatura, a água ao congelar e degelar, o vento ao fazer variar a umidade do solo, e a presença da fauna e da flora.
Além dos agentes de intemperismo, existem também os agentes erosivos que se diferem do primeiro por serem capazes de transportar o material desagregado. De um modo geral o principal agente erosivo é a água que atua na forma de chuvariolagosoceanos e geleiras. Nos climas áridos, como por exemplo nos desertos, o principal agente causador de erosão é o vento que dá origem à erosão eólica.

formação dos solos


O solo vem se formando há milhões de anos, com um acúmulo de pequeninas partículas, formadas pelo desgastes das rochas, que formam se misturando com o resto de animais e plantas.O solo é constituído de duas partes: A primeira é uma camada geralmente escura, que fica bem em cima e é composta pela mistura de restos de animais e vegetais, formando a parte orgânica do solo ou húmus. A outra contendo areia, calcário e argila, formam a parte mineral do solo,juntamente com a água e o ar.Muitos solos podem ser formados pelos transportes de sedimentos levados pelo vento, chuva ou pelas águas do rio, ou como as terras de aluvião.

Estado do solo



O solo é composto por um grande número de partículas, com dimensões e formas variadas, que formam o seu esqueleto sólido. Esta estrutura não é maciça e por isso não ocupa todo o volume do solo, ela é porosa e portanto possui vazios. Esses vazios podem estar totalmente preenchidos por água, quando então dizemos que o solo está saturado, podem estar completamente ocupados pelo ar, o que significa que o solo está seco ou com ambos (ar e água) que é a forma mais comum na natureza. Por isso, de modo geral, dizemos que o solo é composto por três fases: sólidos, água e ar.

Caracterização dos solos



O termo caracterização é utilizado em geotécnica para identificar um grupo de ensaios que visam obter algumas características básicas dos solos com o objetivo de avaliar a sua aplicabilidade nas obras de terra.

Classificação dos solos



Tendo em vista a grande variedade de tipos e comportamentos apresentados pelos solos, e levando-se em conta as suas diversas aplicações na engenharia, tornou-se inevitável o seu agrupamento em conjuntos que representassem as suas características comuns. Não existe consenso sobre um sistema definitivo de classificação de solos, sendo que os mais utilizados no Brasil são:
  1. Classificação Granulométrica - técnica pela qual os diversos tipos de solos são agrupados e designados em função das frações preponderantes dos diversos diâmetros de partículas que os compõem;
  2. Sistema Rodoviário de Classificação - sistema de classificação de solos, baseado na granulometria e nos limites de consistência do material;
  3. Sistema Unificado de Classificação de Solos - foi criado pelo engenheiro Arthur Casagrande para aplicação em obras de aeroportos, contudo seu emprego foi generalizado sendo muito utilizado atualmente pelos engenheiros geotécnicos, principalmente em barragens de terra;
  4. Classificação tátil-visual - sistema baseado no tato e na visão, por isso, para sua realização, é necessário um técnico experiente e bem treinado, que tenha prática nesse procedimento.
A Classificação Granulométrica é base para as demais, agrupando os solos segundo os tamanhos predominantes de seus grãos. O Sistema Rodoviário é mais utilizado na construção de rodovias enquanto que o Sistema Unificado tem a sua maior utilização nas obras de barragens. A Classificação Tátil-visual é bastante empregada pelos engenheiros de fundações que se baseiam nos modelos clássicos mas também utilizam do conhecimento prático do comportamento do solo de sua região. De um modo geral, para as obras de engenharia, os aspectos que abordam o comportamento do solo têm mais relevância sobre aqueles que denotam sua constituição, por isso deverão ser priorizados em qualquer sistema de classificação

Tipos de solo


  • Rochas (terreno rochoso);
  • Solos arenosos;
  • solos siltosos;
  • solos argilosos;
  • terra preta;
  • terra roxa;


Processos e fenômenos na construção civil



Para efeito prático de uma construção, é preciso conhecer o comportamento que se espera de um solo quando este receber os esforços. Afinal é ele que dá sustentação ao peso e também determina características fundamentais do projeto em função de seu perfil e de características físicas como elevação, drenagem e localização.

Compactação dos solos



Compactação do Solo é um processo decorrente da manipulação intensiva, quando o solo perde sua porosidade através do adensamento de suas partículas. A compactação do solo é um efeito desejado em construções, por exemplo, de rodovias, descrita na Mecânica dos solos e ao contrário, é altamente prejudicial em solos destinados à atividade agrícola.

A compactação do solo é causada, entre outros, pelo tráfego de máquinas agrícolas.
Na agricultura a compactação do solo se dá pela influência de máquinas agrícolas, tais como tratores e colhedeiras, como também pelo pisoteio de animais, como o gado. A compactação do solo é danosa para a produção agrícola, pois influencia negativamente o crescimento de raízes, fazendo com que a planta tenha problemas em seu desenvolvimento. A compactação também diminui a movimentação da água pelo solo, pois cria uma camada muito densa de solo onde a água não se infiltra, ocasionando excesso de água no solo nas camadas superficiais, podendo provocar erosão. Nos solos compactados, a armazenagem de água também é deficiente, causando problemas às culturas em épocas de estiagens.
Existem diversas formas de se medir a compactação do solo. A maioria dos métodos envolve análises de laboratório, com coleta de solo para análise. Diversos parâmetros da física do solo podem ser usados como indicativos para a compactação, como a densidade, porosidade e outros. Existem também equipamentos que permitem medir a compactação em campo, denominados penetrâmetros. Estes equipamentos medem a resistência do solo à penetração de uma haste metálica, que simula a penetração de raízes ou ferramentas agrícolas. Versões eletrônicas de penetrâmetros permitem a armazenagem de dados.
Com a expansão da agricultura de precisão, a medição da compactação do solo, com o uso de penetrâmetros eletrônicos automatizados e georreferenciados, tem sido utilizada como indicativo da condição física do solo.